Decorreu no dia 24 de outubro na praia do Guincho em Cascais a etapa única do Campeonato Nacional de Bodysurf que determinou a atribuição dos títulos para a época de 2020.
O dia foi de ondas a rondar o metro com uma brisa ligeira de sul, que favorece as ondas no guincho. Com 24 atletas inscritos na categoria Open e 4 na categoria Junior, cedo os favoritos começaram a mostrar que, apesar do ano difícil, tinham mantido a sua boa forma e pelo primeira vez viu-se muitos frontflips, uma manobra mais técnica e que pressupõe que o atleta dá uma cambalhota para a frente na onda. Este ano o nível técnico subiu muito com boas execuções técnicas.
Na categoria Open, Rodrigo Carrajola começou cedo a definir o seu percurso em direção à revalidação do título de Campeão Nacional, tendo ganho todas as baterias ao longo do dia com uma prestação sólida, arriscando em algumas manobras no momento certo.
Já Miguel Rocha teve um dia mais atribulado e, apesar de vencer todas as baterias exceto a final, teve mais dificuldade no confronto nas suas baterias, tendo, inclusive, nos 1/4 de final, ficado quase para trás não fosse uma onda que entrou nos últimos 15 segundos da bateria e que lhe permitiu avançar para as meias finais.
Na final Open acabou por ser Miguel Rocha a cometer um erro que acabou por condicionar desde logo as suas aspirações ao título ao fazer uma interferência sobre Tiago Ramos que lhe custou metade da pontuação da sua segunda melhor onda. Apesar disso, Rodrigo Carrajola teria sempre ganho a final uma vez que a soma das suas ondas superou as de Miguel Rocha.
Os outros dois finalistas foram Jaime Bonito, que vinha desgastado das muitas baterias que surfou ao longo do dia, uma vez que competiu em ambas as categorias Open e Júnior, tendo ficado em 4º na final Open; e Tiago Ramos, atleta da Associação de Surf de Vagos, que manteve uma prova consistente ao longo do dia e acabou por ficar em terceiro na final.
A final Júnior foi talvez uma das baterias mais disputadas do dia, com poucas ondas a entrarem, mas com os atletas a lutarem onda a onda pela vitória. No final foi Jaime Bonito o justo vencedor com uma seleção de ondas impecável que lhe valeu a revalidação do título. Em segundo lugar ficou Rafael Elias que, nos últimos minutos, ultrapassou Tiago Mesquita, também ele participante do Open e Junior e com algum desgaste já no fim do dia. Em quarto lugar ficou o estreante Carlos Guimarães que, apesar de não conseguir apanhar nenhuma onda realmente boa, foi quem mais ondas apanhou na final.
Quanto aos atletas que competiram no evento em representação das cores da Sealand, João Simões foi o que chegou mais longe alcançando os 1/4 de final, o que equivale a um 9.º lugar na geral, enquanto Filipe D’Avillez terminou no 19.º posto.
Até 2021!