Os encontros acidentais com os vários milhares de quilómetros de redes de pesca, que estão espalhados pela costa portuguesa, estão a ameaçar várias espécies de golfinhos.
Os investigadores do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) não têm mãos a medir. Durante todo o ano, por vezes quase diariamente, são chamados para resgatarem diversas espécies de cetáceos que arrojam nas praias e enseadas portuguesas.
São botos, roazes, golfinhos comuns ou golfinhos riscados que dão à costa já sem vida ou em muito mau estado. Vítimas, na sua grande maioria, de encontros fatais com redes de pesca ativas ou abandonadas.
Porém, essa não é a única ameaça que paira sobre os golfinhos. As análises, realizadas aos animais que arrojam já mortos, desvendaram uma outra realidade sinistra. “Detetámos que os níveis de poluentes nas populações de cetáceos são preocupantes, especialmente no que se refere aos tóxicos”, salienta Catarina Eira no vídeo em cima, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e uma das biólogas da equipa de resgate do CRAM.