Mais de 50 entidades, entre produtores, supermercados, associações ambientais, autarquias e universidades, mas também 25 empresas que representam os principais retalhistas, marcas de alimentos, bebidas e outros produtos, indústria transformadora, recicladores e operadores de gestão de resíduos em Portugal, assinaram esta semana um pacto para que até 2050 o plástico deixe de ser um resíduo e seja reaproveitado.
Temos uma economia do plástico em que produzimos, utilizamos e deitamos fora, e pretendemos fazer a circularidade disto.
As palavras são de Aires Pereira, presidente da Smart Waste, associação do setor dos resíduos que em conjunto com a fundação Ellen MacArthur lançou a iniciativa.
Por si só este é um feito enorme, uma importante iniciativa que pretende contribuir para que o país seja mais ecológico e sustentável. Espera-se que os compromissos da iniciativa vão além da lei atual e que a revolução na indústria do plástico comece de vez.
O que é necessário, acima de tudo, é menos consumo e uma utilização mais eficiente. O sucesso do movimento também cabe aos cidadãos que devem ser mais conscientes nas suas atitudes. (Por ex.: levar a sua própria embalagem quando vão comprar refeições feitas)
O “Pacto Português para os Plásticos” coloca o país numa comunidade que junta já outros cinco países e tem como objetivo atingir 100% de plástico reciclável nas embalagens até 2025, ano em que também 70% das embalagens de plástico são efetivamente recicladas, e em que as novas embalagens têm pelo menos 30% de plástico reciclado.
Esta semana também havia sido divulgado que, em Portugal, apenas 12% dos plásticos foram reciclados em 2018. Até dezembro, os membros do pacto comprometeram-se a definir uma lista de plásticos de uso único que podem acabar e promover atividades de sensibilização e educação, através de uma campanha de sensibilização que seria posta em prática no próximo verão.