Menos emissão de CO2 devido ao coronavírus

Há males que vêm por bem. 

A queda na procura do petróleo, o abrandamento no consumo de carvão e a suspensão de milhares de voos fazem com que se registe uma redução de emissões de CO2 calculada em 9,6 milhões de toneladas.

O mundo está a emitir menos um milhão de toneladas de dióxido de carbono por dia com a quebra no consumo de petróleo devido à pandemia de COVID-19. Os dados foram compilados pela agência Lusa com base em relatórios internacionais.

A Agência Internacional de Energia divulgou um relatório que indica que a procura global de petróleo deve contrair-se este ano pela primeira vez desde 2009, precisamente devido à situação atual. Estão em causa menos 90 mil barris de petróleo por dia em relação ao ano passado, não ultrapassando os 99,9 milhões de barris por dia.

Nestes primeiros meses do ano o consumo de carvão nas fábricas caiu 36%, e a produção de carvão caiu 29%, tendo a capacidade de refinar petróleo sido reduzida em 34%. Só na China, as medidas para conter o novo coronavírus levaram a uma redução entre 15% e 40% da produção nos principais sectores industriais.

Com a redução na produção de carvão da China mais a redução na venda de barris de petróleo, a quebra das emissões de CO2 será acima de 6% no final do ano.

A consequente redução na procura de petróleo e o abrandamento do consumo de carvão pelas fábricas, indicam, para já, estimativas otimistas relativamente à emissão de CO2 para 2020. Segundo os especialistas, este ano pode haver uma redução em cerca de 7% de CO2, um valor muito próximo do que o planeta devia atingir em 2020 com os esforços dos países para cumprir o Acordo de Paris sobre alterações climáticas.

Há males que vêm por bem.

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