De acordo com o Copernicus*, o maior buraco na camada de ozono no hemisfério norte, que se tinha formado no final de março no Pólo Norte, já se fechou por completo na passada quinta-feira, 23 de abril.
O buraco apareceu devido às baixas temperaturas que se têm registado no Pólo Norte – que, atenção, não se devem ao impacto das medidas de isolamento social em todo o mundo devido à Covid-19. Estas baixas temperaturas criaram uma espécie de vórtex polar, um ciclone bastante forte e de grandes dimensões, que acabou por conseguir furar a camada de ozono.
Tratava-se, portanto, de um buraco “pouco comum”, mas que, ao contrário do que é habitual, não teve qualquer mão humana, deveu-se apenas a causas naturais. Porém, tal como os peritos esperavam, acabou por desaparecer em poucos dias.
A última vez que tal aconteceu no Pólo Norte foi na primavera de 2011. Diego Loyola, uma das pessoas que acompanhou o evoluir do fenómeno, explicou:
“O buraco de ozono que observamos no Ártico, este ano, tem uma extensão máxima de menos de 1 milhão de quilómetros quadrados. Isto é pequeno em comparação com o buraco antártico, que pode atingir um tamanho de cerca de 20 a 25 milhões de quilómetros quadrados, com uma duração normal de cerca de 3 a 4 meses”.