Gui Fonseca e o desafio havaiano

Uma temporada para a memória.

Após 2 meses de surf intensivo em Oahu, no Havai, o surfista que faz parte da equipa Sealand para a presente temporada, Guilherme Fonseca, regressa a casa recheado de histórias, cheio de gana e com um sorriso na cara.

Haleiwa, a praia onde mais surfou, é descrita como “perfeita para treinar a linha de onda” e “com muito surf de rail”, o spot é comparado com a direita de Ribeira d’Ilhas, mas com o triplo da força e da corrente.

Rocky Point foi outro spot de eleição durante a estadia. “Uma onda que dá para os dois lados, mas, reza a lenda, só funciona até aos 2 metros”. Neste spot Gui conseguiu “pôr a criatividade em dia” e “aumentar o reportório de manobras”.

Já Pipeline e Backdoor revelaram-se uma desventura, com swells pequenos, pouco perfeitos e line ups lotados de surfistas. Diz ter sido uma luta constante de afirmação perante os locais, com quem respeitosamente partilhou aquele pedaço de mar havaiano. Os bons swells foram aproveitados para os vários campeonatos e, num dos poucos períodos sem provas a decorrer e com bom swell, fez um wipeout doloroso, partiu a prancha e magoou as costelas, ficando impossibilitado de surfar durante 1 semana e meia. Contudo, apesar do percalço, manteve a atitude positiva: “Perdi o swell, mas pelo menos não perdi a viagem.”

Conta-nos que no último dia foi “abençoado com um presente de despedida” em Rocky Point: “surfei o dia todo e fiz as filmagens que fizeram render a viagem. Muito estranho ter apanhado ondas lindas no último dia de viagem, foi um presente de despedida.”

Durante toda a viagem fez-se acompanhar do amigo e fotógrafo Tomás Belo, a quem agradece por ter sido incansável: “estivesse a chover, vento ou sol ele estava lá sempre para me filmar e estou muito grato por esse apoio, pois ver filmes do meu próprio surf é essencial para a minha evolução.”

Em retrospetiva, Gui considera que a viagem foi muito importante na sua evolução e lhe trouxe grandes ensinamentos. Encontros com grandes nomes do surf mundial resultaram em um alargar de horizontes, tornando-o num surfista com ainda mais ambições, um estímulo que veio fortificar a sua vontade de ser melhor.

Classifica Oahu como “um sonho para qualquer surfista” ainda que altamente competitivo. O segredo, na sua opinião, “é aceitar e adaptarmo-nos”.

Regressa a casa com novos objetivos – participação no QS3,000 de Santa Cruz, WQS da Caparica e Zarautz –  mas também com uma nova visão de Portugal: “temos ondas de qualidade, muitas opções, a vida é mais barata e temos menos crowd (…) Agora vou dar muito mais valor ao meu país!”

Confere  clipe que faz o resumo da aventura pelo Havai.

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