Por Santa Cruz quase toda a gente o conhece, pois é um dos mais ativos atletas da região. Com uma forte ligação ao mar desde muito cedo, um destes dias Ruben Cotrim contou-nos o que os move no meio e como é também isso de descer vagas na sua vertente mais pura – só com o corpo.
Para começar vamos pedir que nos fales um pouco de como começou a tua ligação com o mar e as ondas e mais tarde com a prática do Bodysurf…
A minha ligação com o mar começou desde pequeno, pois já existia por parte de familiares ligações com a pesca e outras atividades marítimas. Isto fez com que também adotasse esse estilo de vida. A história no mar começou pelo Bodyboard com cerca de 8 anos, mais para a frente, já com 14 anos, comecei a fazer caça submarina. Mais tarde, quando já trabalhava na praia e fazia algumas ondas em Surf com amigos, foi quando o Bodysurf apareceu. Nesta altura trabalhava como nadador-salvador, esta modalidade servia de treino e ao mesmo tempo de divertimento, apanhava ondas só com o corpo. Só algum tempo depois é que conheci outros praticantes e tomei conhecimento do campeonato nacional.
Quais consideras ser os grandes atrativos das ondas e das praias de Santa Cruz para a prática de Bodysurf?
A formação das nossas ondas e a sua consistência. Todos os atletas de Bodysurf que por aqui passam no campeonato nacional ficam fascinados com as nossas ondas…
Esta modalidade [Bodysurf] servia de treino e ao mesmo tempo de divertimento.
A nível nacional, como dirias que está o estado do Bodysurf?
Em 2017 e 2018 o Bodysurf teve efetivamente um crescimento enorme, mas sinto que em 2019 caiu um pouco a vontade de todos e também o interesse na modalidade por parte de novos praticantes.
Assim do nada, qual o bodysurfer nacional que mais gostas de observar? E internacional?
Gonçalo Faria “Ratinho”. Mike Stewart e Mark Cunningham. O Ratinho porque tem um power brutal e uma grande bagagem que traz do mundo do bodyboard profissional. Já o Mike Stewart e o Mark Cunningham são, para mim, os pais da modalidade.
Mike Stewart e o Mark Cunningham são, para mim, os pais da modalidade.
Além do Bodysurf, és também um ávido corredor ao ponto de todos os sábados de manhã comandares o grupo de Corrida do Santa Cruz a Mexer. Como entra esta vertente na tua vida?
A vertente da corrida entra como um complemento de treino para as outras modalidades que pratico, mas também pelo gosto da natureza, pois tenho preferência por corrida em trilhos e paisagens montanhosas.
Sendo um filho da terra, que qualidades da Terra Mágica destacarias a quem, por exemplo, nunca nos visitou?
O microclima (risos), a beleza natural e a calmaria do seu ambiente.
Última mensagem?
Mantenham-se ativos, nunca deixem os vossos sonhos para trás e pensem sempre no próximo!