O relatório da Agência Europeia de Ambiente sobre o “Estado e as perspetivas do Ambiente” na União Europeia, divulgado na passada quarta-feira, não podia ser mais esclarecedor.
Não foram suficientes as medidas que se tomaram na proteção da natureza e na preservação da biodiversidade. O mesmo deixa o alerta de que são necessárias ações urgentes para inverter a tendência e assegurar um futuro sustentável.
Os especialistas põem o dedo na ferida e denunciam que a Europa não está a fazer progressos suficientes e as perspetivas para o ambiente na próxima década não são positivas, resultado do falhanço das políticas destinadas ao ambiente e clima.
Apesar de alguns avanços no combate à poluição ou na redução das emissões de gases com efeitos de estufa, a UE a não vai conseguir cumprir as metas de sustentabilidade que tinha fixado para 2020 – apenas dois dos 13 objetivos definidos deverão ser atingidos.
De acordo com os responsáveis, tal resultará numa maior deterioração da natureza e um agravamento claro da poluição do ar, da água e do solo.
A janela de oportunidade para ampliar as medidas destinadas à proteção é cada vez mais reduzida e crucial nos próximos dez anos. Contudo, refere o relatório, a tendência negativa não é nem inevitável nem irreversível, havendo ainda tempo para reverter o quadro geral de forma a cumprir as metas traçadas para 2030 e 2050.